Artesanato

O artesanato de palha de banana

Em 1997, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Da Universidade de São Paulo, introduziu em algumas comunidades do Vale do Ribeira, dentre elas Ivaporunduva e Sapatu, a prática do aproveitamento da palha de bananeira para a confecção de artesanatos por meio da análise da matéria-prima e capacitação das famílias locais.

Assim, a prática de artesanato com palha de bananeira foi se difundindo nas comunidades e hoje observa-se que além de ser uma atividade de geração de renda, contribui para a sustentabilidade ambiental destas comunidades.

Antes da chegada do artesanato, o resíduo da bananeira era descartado e se acumulava nos bananais, tornando-se um dos vetores para a dispersão de doenças. Hoje, os pseudo-caules são aproveitados para a produção do artesanato, ajudando a fortalecer o bananal,o que contribui para a qualidade ambiental local.

Outro ponto relevante é o fato de que o artesanato com palha de bananeira ajuda na preservação do ambiente, considerando que se trata de uma fibra que substitue outras matérias-primas, usualmente utilizadas no artesanato e que são coletadas na mata (cipó, madeira, etc).

A partir de indicadores positivos sobre o potencial econômico deste artesanato, a Associação de Ivaporunduva tem buscado seu aprimoramento e incremento. O artesanato de palha de bananeira já tem demonstrado alto potencial na ocupação de mão-de-obra e geração de renda para as famílias destes quilombos, principalmente os jovens e as mulheres, que têm maior afinidade com o trabalho.

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