André Lopes - Histórico

O André Lopes foi fundado por escravos fugitivos, porém seu nome não teve muito haver com essa fuga. Existem duas teorias sobre o nome do local: a primeira é que um comprador de terras, chamado André Lopes naufragou no Rio Ribeira e assim ficou o nome do território. A segunda versão é que povos nativos da região criaram esse nome e o colocaram no lugar. Seus primeiros registros foram achados em 1830 e falam tanto sobre casamentos, quanto sobre nascimentos.
Na época mais antigas eram necessários dias para chegar a Eldorado, por isso muitos que se machucavam nos quilombos eram tratados na própria comunidade. Logo, mecanismos como ervas foram descobertos para fazer a vítima aguentar o caminho ao hospital. Anos mais tarde, quando a rodovia foi construída, o acesso ao André Lopes ficou bem mais fácil, e por esse fato também pode ser considerado um quilombo diferenciado.
Lá, a princípio, eles praticavam garimpagem às margens do Rio Ribeira e de seus afluentes e os mandavam para Iguape, onde eram comercializados. Porém, quando o ciclo do ouro começou em Minas Gerais, os chefes econômicos se mudaram para lá deixando a economia no quilombo precária e como base o setor primário (arroz, feijão, mandioca e a pesca de peixes).
A caverna do Diabo faz parte do território do quilombo André Lopes. No começo do turismo na região, a comunidade sofria muito devido a lotação da cidade, além deles não aproveitavam muito porque era um turismo bate-volta. Já hoje em dia, o turismo é muito bom tanto é que eles inauguraram uma pequena pousada.
A renda ganha na caverna do Diabo não é destinada ao Quilombo, mesmo pertencendo ao território do Quilombo André Lopes. E eles fazem construções onde pode hospedar os turistas, ou estudantes de escolas. A monitoria do turismo é feita por uma associação, a AMAMEL (Associação de Monitores do Município de Eldorado), e a maioria dos monitores são das comunidades. Eles recebem pelos serviços que fazem, mas nada vai para comunidade. Metade do dinheiro ganho é destinado à fundação florestal e o resto para os monitores.
Atualmente eles possuem uma pousada que é capaz de hospedar até trinta pessoas, e quando as escolas têm mais de trinta pessoas, os estudantes têm a chance de passar as noites necessárias dormindo na casa dos quilombolas.